terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

SOU BRASILEIRO,DIGA AO POVO QUE FICO.


Queridos amigos, estou divulgando a história de luta dessa mãe brasileira por seus filhos. É mais um caso de injustiça, de perseguição a uma cidadã brasileira, que demonstra o abismo entre o Direito e a Justiça nesse nosso país.
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A Justiça Brasileira pode até se curvar diante da Justiça Norueguesa, mas nós - brasileiros - não faremos isso não! Vamos lutar!
Descrição
PORQUE OS FATOS FALAM POR SI

BRASIL, 1998
Julia deixa a Seleção Brasileira de Pólo Aquático e viaja com uma amiga de férias para a Europa.

EUROPA, 1998
Durante a viagem, Julia e a amiga decidem conhecer a Noruega.

NORUEGA, JANEIRO DE 1999
Julia e o Norueguês se conhecem, se apaixonam e começam a namorar.

NORUEGA, JUNHO DE 1999
Julia e o Norueguês descobrem que estão esperando o primeiro filho.
Os dois decidem se casar no Brasil já que, desde que se apaixonaram, sempre consideraram a possibilidade de um dia virem morar juntos no Brasil.

BRASIL, JUNHO DE 1999
Julia chega sozinha no Brasil para cuidar dos preparativos do casamento.

BRASIL, JULHO DE 1999
O Norueguês vem conhecer a família de Julia e se casar com ela no Brasil.

BRASIL, AGOSTO DE 1999
Julia e o Norueguês se casam no Brasil.
O casal volta para a Noruega.
O casamento é averbado na Justiça Norueguesa.

NORUEGA, JANEIRO DE 2000
Nasce o primeiro filho do casal.
O casal curte a felicidade da vida em família.

BRASIL, DEZEMBRO DE 2000
O casal traz o primeiro filho (com 10 meses) ao Brasil para que os familiares de Julia possam conhecê-lo.
O primeiro filho (com 10 meses) passa as festas de fim de ano junto à família brasileira.

BRASIL, JANEIRO DE 2001
O primeiro filho completa 1 ano de vida junto à família brasileira.
A festa de comemoração do aniversário é realizada no Brasil.
Em seguida, o casal retorna à Noruega.

NORUEGA, AGOSTO DE 2001
O casamento já demonstra sinais de desgaste.
Julia propõe separação, mas descobre estar grávida do segundo filho.
O casal decide reatar e dar uma nova chance ao casamento.

NORUEGA, DEZEMBRO DE 2001
O filho mais velho (com 1 ano) passa as festas de fim de ano na Noruega.

BRASIL, JANEIRO DE 2002
Julia e o Norueguês vêm com o primeiro filho (com 1 ano) para o Brasil.
O filho mais velho completa 2 anos de vida.
A comemoração do aniversário é realizada junto à família brasileira.

NORUEGA, MARÇO DE 2002
Mesmo grávida do segundo filho, Julia termina o relacionamento com o Norueguês.
O casal se separa oficialmente na Justiça Norueguesa.
Oficialmente a guarda exclusiva do primeiro filho (2 anos) fica com Julia.
Pensando no bem estar dos filhos, inclusive do que está para nascer, o casal continua morando junto.

NORUEGA, ABRIL DE 2002
Nasce o segundo filho do casal.
O casal permanece morando junto e cuidando dos dois filhos.
Apesar de estar oficialmente separado, o casal acaba reatando o relacionamento.

BRASIL, FEVEREIRO DE 2003
O casal vem com os dois filhos ao Brasil para que a família brasileira possa conhecer o filho mais novo.

NORUEGA, ABRIL DE 2003
O casal volta a se desentender e o relacionamento termina novamente.
Já separada oficialmente do Norueguês há mais de um ano, Julia pede a ele que saia de sua casa e vá morar com sua família.
O Norueguês não sai, apesar de estar morando numa casa comprada por Julia.

NORUEGA, AGOSTO DE 2003
Depois de muita insistência, o Norueguês concorda em sair de casa.
Julia continua morando com os dois filhos na Noruega.
A guarda exclusiva dos dois filhos (com 1 e 3 anos) permanece com a mãe, podendo o pai exercer seu direito de visitação, inclusive com férias compartilhadas.

NORUEGA, NOVEMBRO DE 2003
Julia registra o nascimento de seus dois filhos na Embaixada Brasileira em Oslo, confirmando a nacionalidade brasileira deles.

NORUEGA, DEZEMBRO DE 2003
Apesar de possuir a guarda exclusiva dos dois filhos, Julia só viaja depois que o pai concorda que ela leve os filhos para passar as férias com ela no Brasil. 

BRASIL, DEZEMBRO DE 2003
Durante as férias, Julia matricula os dois filhos (com 1 e 3 anos) em uma creche para estimular a convivência deles com outras crianças brasileiras.
A vontade de voltar a morar no Brasil para criar os filhos no mesmo país onde cresceu já não sai mais da cabeça da mãe.
Os dois meninos passam as festas de fim de ano junto à família brasileira.

BRASIL, JANEIRO DE 2004
O filho mais velho completa 4 anos no Brasil.
A comemoração do aniversário é realizada junto à família brasileira.

BRASIL, FEVEREIRO DE 2004
Apesar de estar separada do Norueguês oficialmente, de ter a guarda exclusiva dos dois filhos e de já estar planejando voltar a morar no Brasil com os meninos, Julia embarca de volta para a Noruega com os dois filhos.
Julia retoma com o Norueguês a conversa sobre morarem no Brasil e manifesta seu forte desejo de criar os filhos em sua terra natal.

NORUEGA, MARÇO DE 2004
O avô de Julia fica gravemente doente e surge a urgência da volta ao Brasil.
O Norueguês não esconde o receio de que Julia aproveite essa viagem para não voltar mais para a Noruega. Ele ainda acredita na possibilidade de reatarem o casamento e impõe condições para que ela viaje com os filhos.
Julia só consegue embarcar em paz para o Brasil depois de aceitar as condições do ex-marido, que exige que a guarda do filho mais velho passe a ser compartilhada com ele, e que somente o filho mais novo (ainda em fase de amamentação) viaje com Julia.

BRASIL, MARÇO DE 2004
Julia desembarca no Brasil trazendo apenas o filho mais novo (com 1 ano).
O filho mais velho (com 4 anos) permanece na Noruega com o pai.

BRASIL, ABRIL DE 2004
O filho mais novo completa 2 anos no Brasil.
A comemoração do aniversário é realizada junto à família brasileira.

BRASIL, JUNHO DE 2004
O avô de Julia morre e ela volta com o filho mais novo para a Noruega.
A vontade de mudar para o Brasil e viver junto à sua família é cada vez mais forte.

NORUEGA, JULHO DE 2004
Aproveitando o fato do Norueguês estar sem trabalho, Julia retoma a conversa antiga e, juntos, eles decidem que é chegada a hora de tentar a vida no Brasil. A ideia é ela ir na frente, ele vir em seguida.
Com ajuda do Norueguês, Julia prepara a mudança e, depois de ser levada para o aeroporto por ele, ela embarca com os dois filhos para o Brasil.

BRASIL, AGOSTO DE 2004
O Norueguês desembarca no Brasil com visto de turista e, mesmo não havendo mais relação amorosa entre os dois, ele vai morar com Julia para ficar mais próximo dos dois filhos.

BRASIL, OUTUBRO DE 2004
O Norueguês se aproveita da ajuda de Julia (com quem ainda é oficialmente casado no Brasil) para, ao invés de renovar seu visto de turista por mais três meses, dar entrada no pedido de visto permanente para ficar de vez no Brasil. Em seguida, o Norueguês encaminha solicitação de CPF, que reforça ainda mais a sua intenção de se fixar no Brasil.

BRASIL, ENTRE OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2004
Apesar de morarem juntos e criarem os filhos em parceria, tanto Julia quanto o Norueguês namoram outras pessoas. Não há possibilidade do casal reatar o relacionamento e ele não esconde de ninguém seu deswcontentamento com essa situação. 

BRASIL, DEZEMBRO DE 2004
O Norueguês finge que vai passar uns dias em Búzios com os filhos (com 2 e 4 anos), mas na verdade ele pega escondido os passaportes noruegueses dos meninos e voa com eles para a Noruega sem ciência nem autorização de Julia, que possuía (perante a Justiça Norueguesa) a guarda exclusiva do filho mais novo e a guarda compartilhada do filho mais velho.
(Até hoje ninguém conseguiu explicar como foi que ele conseguiu embarcar no aeroporto brasileiro com dois menores sem uma autorização por escrito da mãe que, na época, era exigida a qualquer responsável que estivesse embarcando com menores para o exterior sem a companhia do outro responsável).

NORUEGA, DEZEMBRO DE 2004
O Norueguês liga para Julia e conta que não está em Búzios, mas na Noruega. E avisa que levou os filhos com ele.
Os dois filhos de Julia passam, à força, as festas de fim de ano separados de sua mãe. O filho mais novo sofre visualmente já que havia sido desmamado fazia poucos meses.

NORUEGA, JANEIRO DE 2005
O filho mais velho completa 5 anos, afastado de sua mãe contra a sua vontade.

BRASIL, ENTRE DEZEMBRO DE 2004 E MARÇO DE 2005
1 - Ao registrar um B.O. na 15 Delegacia de Polícia acusando o Norueguês de ter cometido “subtração de incapaz” (de acordo com o Código Penal Brasileiro), Julia ouve do delegado que nenhum inquérito será aberto já que ela e o Norueguês ainda são oficialmente casados no Brasil e, assim, ambos possuem a guarda dos filhos perante a Justiça Brasileira.
2 – Julia entra em contato com o Itamaraty e, depois de relatar o ocorrido e solicitar ajuda, lhe foi orientado a voltar para a Noruega e entrar, sem nenhum apoio do Brasil, com pedido de guarda na Justiça Norueguesa.

NORUEGA, ABRIL DE 2005
O filho mais novo completa 3 anos, afastado de sua mãe contra a sua vontade.

NORUEGA, MAIO DE 2005
Julia desembarca na Noruega e encontra um processo de disputa de guarda já aberto pelo ex-marido na Justiça Norueguesa.

NORUEGA, ENTRE MAIO E JUNHO DE 2005
Julia só consegue fazer 5 visitas aos seus dois filhos (com 3 e 5 anos). Em todas elas é acompanhada por uma assistente social e pelo Norueguês e/ou familiares dele.

NORUEGA, ENTRE JUNHO DE 2005 E AGOSTO DE 2006
Julia consegue, através de advogados, que seu pedido de ampliação de visitação seja aceito e, assim, até a finalização do processo, ela passa a poder ficar com os filhos em finais de semana e férias intercalados e em um dia da semana.

NORUEGA, AGOSTO DE 2006
O processo julgado pela Justiça Norueguesa chega ao fim e concede guarda total dos dois filhos para o Norueguês, ainda que conste no processo um laudo psicológico afirmando que trata-se de uma pessoa depressiva, alcoólatra e que já tentou cometer suicídio. Resta à Julia, estrangeira no país, apenas o direito de manter a visitação aos filhos em finais de semana e férias intercalados e em um dia da semana.

NORUEGA, AINDA EM AGOSTO DE 2006
Em uma das primeiras visitas depois do fim do processo, Julia e o Norueguês se desentendem e ele consegue, na Justiça Norueguesa, que sejam interrompidas as visitas da mãe com a alegação de que, quando estão com a mãe, seus filhos correm risco de vida. Ao aceitar a alegação do pai e interromper o direito de visitação da mãe, a Justiça Norueguesa não ouve, em momento algum, nem a mãe estrangeira, nem nenhuma testemunha.

NORUEGA, SETEMBRO DE 2006
Os advogados de Julia conseguem reverter a decisão da Justiça Norueguesa quanto a visitação da mãe e, assim, as visitas se normalizam. O pai, porém indo contra essa decisão, nega à mãe e aos filhos o direito às visitas.

NORUEGA, OUTUBRO DE 2006
Somente 1 mês após essa segunda decisão é que o pai autoriza a visitação. Vendo-se sem saída, dentro de um país que amparava somente o pai, em seu primeiro período de férias com os filhos (com 4 e 6 anos), Julia embarca com eles para a Alemanha e, de lá, para o Brasil. Sem ciência nem autorização do Norueguês, e utilizando passaportes brasileiros que ela conseguiu obter em junho deste mesmo ano, junto ao Consulado Brasileiro. A partir dessa data, Julia passa a ser considerada sequestradora internacional pela Justiça Norueguesa, podendo ser presa caso pise em solo norueguês.

BRASIL, A PARTIR DE OUTUBRO DE 2006
Uma vez no Brasil com os filhos, Julia dá entrada em pedido de separação e de guarda dos filhos na Justiça Brasileira. E a batalha permanece até os dias de hoje.

BRASIL, SETEMBRO DE 2008
Em visita ao Brasil, o primeiro ministro norueguês aproveitou para incluir na pauta de conversa com a presidência brasileira um pedido para que o processo de retorno dos meninos noruegueses a seu país de nascimento fosse tratado com urgência.

BRASIL, MARÇO DE 2009
Sem nunca ter sido ouvida pela Justiça Brasileira, Julia se vê acuada por um grupo de oficiais de justiça e policiais que chegam, de repente, em sua casa portando mandado de busca e apreensão para tirarem de perto dela seus filhos (com 6 e 9 anos) e levarem eles para a Noruega. 

QUANDO UMA HISTÓRIA DE AMOR
SE TRANSFORMA NUMA HISTÓRIO DE HORROR.

A partir de março de 2009, Julia fica ciente de que há um processo da AGU conta ela e passa lutar para que o mandato de busca e apreensão, emitido para atender à Convenção de Haia, seja suspenso pelo menos até que o julgamento seja encerrado de vez.

Além disso, Julia e seus advogados tentam fazer com que a Justiça Brasileira reconheça e considere todo o histórico do caso, que é anterior à vinda dos meninos para o Brasil em 2006, ao invés de simplesmente emitir um mandato de busca e atender automaticamente à Convenção de Haia com base apenas naquilo que foi julgado pela Justiça Norueguesa, ou seja, em outro país.

Dois dos principais elementos que estão sendo ignorados pela Justiça Brasileira e que determinam todo o futuro do caso são: o fato da residência habitual da família (na época em que os meninos foram levados à força para a Noruega pelo pai) ser o Brasil e o fato dele ter cometido um primeiro “sequestro”, ao arrancar do seio da mãe seus dois filhos de apenas 2 e 4 anos.

Por fim - e certamente o elemento mais importante nessa história toda - apesar de ter ouvido o filho mais velho quando ele completou 12 anos e dele ter deixado muito clara a sua vontade de continuar em contato com o pai e com a família norueguesa mas, acima de tudo, de permanecer morando no Brasil com sua mãe e seu irmão mais novo, a Justiça Brasileira insiste em ignorar a vontade do menor. Exigimos que a Justiça Brasileira faça seu trabalho com foco apenas no Princípio do Melhor Interesse do Menor (conforme previsto no art. 13, § 2º da própria Convenção de Haia e salientado em todo o seu texto) e não em Política Externa. Criança não pode ser usada como moeda de troca e quanto a isso não se discute.

Assim, solicitamos que a Justiça Brasileira reveja os acontecimentos com parâmetros brasileiros e sob a ótica dos meninos. É inaceitável que se ignore que quase sete anos já se passaram desde que os meninos se fixaram de vez no Brasil (depois que a mãe os trouxe da Noruega). Ou seja, moram aqui com a família brasileira mais da metade da vida deles e sequer falam Norueguês. Alegam que não sabem mais falar a língua e se comunicam em português até com o próprio pai.

Além disso, mesmo antes, quando moravam na Noruega, os meninos vinham ao Brasil praticamente todos os anos, tinham contato constante com os parentes brasileiros, foram batizados aqui, possuem padrinhos e madrinhas brasileiros e comemoraram aqui no Brasil a maior parte dos seus aniversários e foi junto da família brasileira que passaram a maioria das festas de fim de ano. Isso desde que nasceram.

Ou seja, os laços brasileiros nunca foram rompidos e se alguém deu início ao processo de alienação parental e transformou a vida dos filhos em um verdadeiro inferno, está claro que esse alguém foi o próprio pai. E fez isso pensando apenas em sua própria vontade. Em todas as viagens anteriores que a mãe fez com os filhos ao Brasil (várias, inclusive, sem a companhia do pai), mesmo tendo a guarda dos meninos, ela nunca deixou de voltar com os filhos para a Noruega. E só veio morar no Brasil quando o pai concordou em vir junto, já que em nenhum momento ela desejou que seus filhos crescessem sem pai. Como não deseja agora.

Pelo bem de nossos meninos, exigimos que a Justiça Brasileira nos ouça!

FONTE : https://www.facebook.com/SouBrasileiroDigaAoPovoQueFico